ESSE NEGÓCIO DE COLHEITA FELIZ É UMA DESGRAÇA, DEVIA SE CHAMAR COLHEITA MALDITA...

FIQUE À VONTADE...A CASA É SUA!!!

Escreveremos sobre o quê? Quais assuntos serão abordados nesse espaço?
Faremos cumprir o fim destinado a um meio de comunicação? Comunicar.
Como será a aceitação dos chegados, dos distantes, dos incógnitos?
QQCACHA?
Esse é o seu ambiente, não se sinta acanhado em comentar, opinar ou criticar.
Não recriminamos comentários ou rejeitamos juízos. Sinta se livre.
Grato pelo seu comparecimento.
Sofista Pirateado

18 fevereiro 2010

   Poderia eu dizer que nasci de novo e blá blá blá, porra nenhuma, eu quase morri mesmo. Fui no último domingo vítima de um atropelamento daqueles que realmente fazem a gente pensar nas coisas sobrenaturais que rodeiam o universo e mais blá blá blá...Porra ainda deliro sintomatizado pelas escoriações diversas que meu corpo sofrera. Bati a cabeça por duas vezes, no carro e na calçada, esfolei todos os membros, e a face que não era das mais belas agora choca o fantasma da ópera. Eu não nasci de novo e tambem não sei explicar porque não morri, aliás sei sim, não morri porque não era o meu dia e essas overdoses de blá blá blás.
   Chega de blá blá blá, agora vou falar sério como ocorreram as coisas: Carnaval, indignação, pinga, axé music, pinga, indignação, indignação, pinga, distração, idiota dirigindo, bêbado atravessando a rua, distração, choque frontal, arremesso, sangue, galos na cuca, sangue pelas narinas, bombeiros, Pronto Atendimento, caos e dengue...desespero, medo, casa, recuperação, wolverine, escolas de samba, rede globo...mais carnaval e eu não morri por soooooorte. Dizem, acho que pra me irritar que foi pura sorte e eu como não sou dos mais ignorantes concordo e até solto um "Graças a Deus".
   Agora imaginemos como seria se eu tivesse morrido...Se não tivesse "nascido de novo", se não tivesse tido a sorte. Primeiro eu não estaria escrevendo nada aqui, a não ser psicografadamente, o que é um serviço ainda não disponível no blogspot. Bem, imagino que se eu estivesse ido desta para melhor as coisas seriam diferentes e as pessoas inventariam outras classificações para o ocorrido e a primeira delas seria dizer que eu estava bêbado e demorou para que isso acontecesse, que mais cedo ou mais tarde esse pé de cana teria que entrar na terra do pé junto.
   __Ah, eu avisei que se ele não parasse de beber iria acabar causando uma tragédia, deu no que deu.
   O que tambem não passa de blá blá e blá...
   E os meus amigos como reagiriam a notícia de que eu teria morrido em um atropelamento estando bêbado em plena luz do dia? Creio que só notariam depois que o carro fúnebre anunciasse o referido féretro, depois viriam com indagações do tipo:
   __Tão jovem, mas estava entregue totalmente ao álcool e o capeta atenta uma pessoa dessas, sinto falta  dele.
   E depois em tudo que fossem fazer se lembrariam de mim, principalmente nas coisa que eu fazia com frequencia...mas com o tempo esqueceriam de mim, a não ser que fossem fumar um baseado no cemitério e se deparassem com meu túmulo, situação na qual começariam com a nostalgia moribunda a relembrar de coisas que fizemos juntos...bla blá blás...
   Ah, se lebrariam de mim tambem sempre que viesse o carnaval que é a data coincidente com a minha morte, talvez alguns até se decidissem a criar um bloco em minha homenagem. O que caso acontecesse seria uma desonra a minha memória e eu daria graças a qualquer coisa por estar morto e não presenciar tamanha desgraça.
   O que quero realmente explicitar sem balelas a todos é que morte e vida são a mesma coisa, estão intimamente ligadas e é tão natural e corriqueiro que morremos e nascemos todos os dias. Todos morrem e ninguem é melhor do que ninguem, em se tratando de morte somos todos iguais e com a vida não é diferente. Citando mais um blá blá blá: "Para morrer basta estar vivo". É natural que soframos com a perda de alguem e é natural que com o passar do tempo nos habituemos a vida sem esse ser porque observamos a morte e a perda de outras pessoas e não somos melhores do que essas pessoas em suas perdas.
   Blá blá blás à parte, aprendi uma lição com esse atropelamento que não esquecerei jamais, carregarei comigo para o resto resto da vida:
   Quando for beber jamais beberei do lado oposto da rua em que fica o bar e as cervejas, para não ter que atravessar a rua ao encher o copo.
   Fica a lição por que na vida nada é em vão.

Um comentário:

  1. fico feliz por todos os bla bla blas citados e por vc ter sobrevivido e sobre esse assunto de morte e talz num sei muito o q dizer ja que eu nunca morri na minha vida bjão ao mestre Auro

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