ESSE NEGÓCIO DE COLHEITA FELIZ É UMA DESGRAÇA, DEVIA SE CHAMAR COLHEITA MALDITA...

FIQUE À VONTADE...A CASA É SUA!!!

Escreveremos sobre o quê? Quais assuntos serão abordados nesse espaço?
Faremos cumprir o fim destinado a um meio de comunicação? Comunicar.
Como será a aceitação dos chegados, dos distantes, dos incógnitos?
QQCACHA?
Esse é o seu ambiente, não se sinta acanhado em comentar, opinar ou criticar.
Não recriminamos comentários ou rejeitamos juízos. Sinta se livre.
Grato pelo seu comparecimento.
Sofista Pirateado

28 fevereiro 2010

Chorou até que os olhos se arrebatassem da alma,
Sabia que não mais a veria novamente,
Sorriu um sorriso fingido e solitário,
Mas sabia que ela não voltaria,
Tentou todos os meios possíveis,
E a dor era crescente com os dias,
Tratou de reconhecer a solidão,
Conviver com a solidão, única companheira.
Bebeu o veneno dos desesperados,
Viciou nas mais dispersas drogas,
Procurou amores que não sabia o nome,
Contraiu doenças, dividas e abateu-se.
Não retornou jamais do degredo,
Ficou fraco, feio, magro, sujo...
Não era mais ele, não era mais ela,
E o desconforto o intimidou,
Tentara em vão a morte à noite,
Sufocava nas próprias dores,
Perguntava entre lágrimas:
Porque eu?
Eu que sempre me entreguei a ela,
Eu que sempre fui pra ela um servo,
Eu que a amava docemente, liricamente,
Passaram anos, mas o tempo indiferente.
O tempo cura tudo. Que balela!
Disparate de adolescentes que nunca sofreram na pele real perda.
A morte cura tudo, mas demorava a encontrá-lo.
Não a via mais e nem queria vê-la,
Não havia mais esperanças, envelheceram.
Ele envelhecera mais... Dez ou vinte anos a mais.
Sua vida fora consumida pelo pesar da derrota,
Perdeu os pais os filhos e os netos,
Perdeu a paz e as noites de olhos abertos,
Sabia que não mais a veria novamente,
Sabia que não mais haveria vida.
Perdeu seu senso e enlouqueceu se de repente,
Como nos versos que a declamava:
Não mais que de repente.

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