ESSE NEGÓCIO DE COLHEITA FELIZ É UMA DESGRAÇA, DEVIA SE CHAMAR COLHEITA MALDITA...

FIQUE À VONTADE...A CASA É SUA!!!

Escreveremos sobre o quê? Quais assuntos serão abordados nesse espaço?
Faremos cumprir o fim destinado a um meio de comunicação? Comunicar.
Como será a aceitação dos chegados, dos distantes, dos incógnitos?
QQCACHA?
Esse é o seu ambiente, não se sinta acanhado em comentar, opinar ou criticar.
Não recriminamos comentários ou rejeitamos juízos. Sinta se livre.
Grato pelo seu comparecimento.
Sofista Pirateado

09 outubro 2010

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Falta de informação por aqui é o que não falta. Ano passado, lembro-me bem, era a discussão em torno da não realização do evento no dia programado devido a possibilidade de um surto epidêmico por causa da gripe suína. Isso era o que estava causando alarde (revolta) principalmente nos corações da nossa juventude unaiense, uma juventude sedenta por diversão que não seja o Itapoã e seu forró ou similares e nem o horror sonoro automotivo dos "LUAIS" que a playboyzada por aqui tanto aprendeu a venerar, o que não presta eles assimilam rápido.
Temos raras oportunidades para podermos acompanhar de perto o desenvolvimento de nossos artistas. Nós tambem temos nossos Restart's e queremos dar a eles a oportunidade de poderem mostrar seus 'trabalhos' e se desenvolverem, e o espaço que eles encontram é naquele palco colocado na praça da prefeitura no dia do aniversário da cidade quando vários gêneros musicais se apresentam e no dia simbólico de 07 de setembro quando ocorreria o Rock Festival. Independência ou Rock lembra?
No ano passado fingimos acreditar que estariam cumprido uma norma federal e que não seria possível a realização do evento aquele ano no dia programado. Beleza, revolta sob controle. Mesmo assim surgiu o "Independência ou Gripe", texto de meu amigo Henrique Rodrigues do Yeahnoroeste repudiando a atitude ou a falta de atitude de certos diante do que acontecia. Por causa de um simples comentário expressando meu apoio ao que continha o texto fui chamado de crápula e sofista, nomes que adotei como aulguns de meus pseudônimos sem rancor a quem os proferiu. A invectiva sobre minha forma de pensar não me deixa tranquilo, porém não me assusta quando advém de um certo grupo de pessoas cujo descompromisso com as causas realmente coletivas já sucumbiram ante a esbravejação individual seja por capital ou por ego excessivo.
Esse ano não poderia ser diferente, depois de várias datas e bandas serem confirmadas ao acaso ainda naufragamos num mar de repostas vagas. A organização, se há uma, não esclarece nada e ainda fica fazendo provocações de bastidores em vez de dar uma solução definitiva ao que ocorre. Quais bandas virão e em que dia acontecerá o Rock festival?
Não queria atacar pessoas, não queria julgar pessoas, não queria ferir pessoas com palavras. Mas não concordo com a forma como são geridos os recursos destinados à cultura nessa cidade. Eu sei que o Fabrício(merlinha) entende pouco ou nada sobre gestão de recursos públicos e que nada tem a ver com o destino dos repasses das verbas dessa secretaria de cultura, ano passado não havia uma. Há sim uma verba que é passada para essas pessoas que estão à frente da organização dos projetos considerados culturais, caso do evento, e existe ainda um montante oriundo dos patrocinadores ou apoiadores culturais, conforme o caso. O patrocínio que se vê nas camisas, cartazes e aquele falatório no microfone de nome de empresas no decorrer do evento é uma forma de divulgação e de fazer a propaganda do nome dos mesmos e eles pagam por isso, pelo menos deveriam pagar. O que não pode é ficar a realização do evento condicionada a esses patrocínios, principalmente na última hora.
Segundo Octávio, músico unaiense, o Fabrício (merlinha) teria falado que no ano passado ocorreu o evento porque o mesmo havia desembolsado dois mil reais em dinheiro. O Fabrício disse que tirou do próprio bolso o dinheiro. Tamanha indignação do líder da Jamming Zone, que no ano passado esteve com a orgnização, é compartilhada da minha tambem, por que eu tive que ficar ouvindo à todo momento o slogan "Calce Charm, a loja que calça você" naquela caixa de som, além de outros que eu pensava fossem os patrocinadores. Eu pensava que fossem eles que contribuiram com a prefeitura e os organizadores para a realização do evento, não uma pessoa, não aquela pessoa. Interesse coletivo lembram?
Queria dar uma informação concreta, careço de fontes, então na tentativa de mantê-los a par do evento digo o que soube por último por fontes não muito fidedignas. Haverá a apresentação de cinco bandas, sendo duas do DF , além de Verenna, Radiografia tambem tocará e a data do evento será no dia 1° de novembro, véspera do dia dos mortos. Isso é só o que sei infelizmente.
Adiantando insultos esse crápula agradece a todos.
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14 agosto 2010

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Eu acho o fato voto ser obrigatório por lei sob pena, uma atitude ditatorial antidemocrática unilateral ...
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02 março 2010

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GALERA DÁ UMA SACADA NESSAS MONTAGENS FOTOGRÁFICAS FEITAS USANDO CAPAS DE VINIS ANTOLÓGICOS...É DE ALGUMA FORMA FANTÁSTICA A CRIATIVIDADE DE CERTAS PESSOAS...













ESSA AQUI FICOU MUITO MASSA...








MUITO COMÉDIA...












TEM UM ANÃO ALI NO MEIO....






















VEJAM MAIS NO  ROSTINHOSBONITOS.COM





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28 fevereiro 2010

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Chorou até que os olhos se arrebatassem da alma,
Sabia que não mais a veria novamente,
Sorriu um sorriso fingido e solitário,
Mas sabia que ela não voltaria,
Tentou todos os meios possíveis,
E a dor era crescente com os dias,
Tratou de reconhecer a solidão,
Conviver com a solidão, única companheira.
Bebeu o veneno dos desesperados,
Viciou nas mais dispersas drogas,
Procurou amores que não sabia o nome,
Contraiu doenças, dividas e abateu-se.
Não retornou jamais do degredo,
Ficou fraco, feio, magro, sujo...
Não era mais ele, não era mais ela,
E o desconforto o intimidou,
Tentara em vão a morte à noite,
Sufocava nas próprias dores,
Perguntava entre lágrimas:
Porque eu?
Eu que sempre me entreguei a ela,
Eu que sempre fui pra ela um servo,
Eu que a amava docemente, liricamente,
Passaram anos, mas o tempo indiferente.
O tempo cura tudo. Que balela!
Disparate de adolescentes que nunca sofreram na pele real perda.
A morte cura tudo, mas demorava a encontrá-lo.
Não a via mais e nem queria vê-la,
Não havia mais esperanças, envelheceram.
Ele envelhecera mais... Dez ou vinte anos a mais.
Sua vida fora consumida pelo pesar da derrota,
Perdeu os pais os filhos e os netos,
Perdeu a paz e as noites de olhos abertos,
Sabia que não mais a veria novamente,
Sabia que não mais haveria vida.
Perdeu seu senso e enlouqueceu se de repente,
Como nos versos que a declamava:
Não mais que de repente.
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Desliga a porra desse rádio,
Sai do MSN,
Sai do orkut,
Sai Irene.
O que você ta fazendo?
Bebendo!!! Está louco?
Papai você ta morrendo,
Acha que isso é pouco?
Cala a boca e vai trabalhar,
Se quiser que eu morra feliz.
Vai trabalhar nem que seja de meretriz,
Faça alguma coisa parasita.
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Não uso mais os pontos como regra,
Cometo mais erros que acertos, sou poeta,
Não sou esteta do diagrama vocabular,
Tudo pode falar,
Tudo pode ser,
Fazer, querer...
Rimar ou intimidar,
Copiar, reduzir,
Fragmentar e imprimir.
O que vier,
O pássaro ferido,
O correr do rio,
O ódio inimigo,
O terror ao frio.
As meninas dos seus olhos com catapora,
As conjuntivas vivas nas vistas,
As lágrimas marejando lívidas,
As majestosas pernas da lasciva senhora.
O que quiser,
O que eu vivo,
O que sou,
O que não fui em outras vidas.
Tudo em páginas posta as palavras,
Poesias, poemas, prosas pequenas.
Antes amávamos por amar,
Ontem amávamos por amar,
Agora amamos amar,
Hoje amamos amar.
Poesia é tudo,
Itabira, Unaí.
É outro mundo,
Mundo sem fim.
Não queria reproduzir
Palavras que massacram,
Mas, havia umas pedras
Nos meus caminhos.
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22 fevereiro 2010

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Confira capas de clássicos do heavi metal reproduzidos no paint e publicados pela revista metal hammer...
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21 fevereiro 2010

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25/09/09 - 18h - Presidente Lula define prêmio para jogadores que venceram  Copas do Mundo. Valor pode chegar a 465 mil reais>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>

O presidente Lula e a Associação dos Campeões Mundiais do Brasil negociam aposentadoria e indenização para os atletas da seleção que ganharam Copas do Mundo. O benefício valerá inicialmente aos ex-jogadores de 1958 e se estenderá a quem atuou nos Mundiais de 62, 70, 94 e 2002. Reunião na Casa Civil discutiu as cifras a serem pagas aos campeões. O valor negociado para cada um gira em torno de mil salários mínimos, no caso da indenização (465 mil reais), e de dez salários mínimos (4.650 reais), o teto da Previdência, para a aposentadoria.    
O texto abaixo foi escrito por TOSTÃO, ex-jogador de futebol, comentarista esportivo, escritor e médico, e foi publicado em vários jornais do Brasil:
Na semana passada, ao chegar de férias, soube, sem ainda saber detalhes, que o governo federal vai premiar, com um pouco mais de R$ 400 mil, cada um dos campeões do mundo, pelo Brasil, em todas as Copas.

Não há razão para isso. Podem tirar meu nome da lista, mesmo sabendo que preciso trabalhar durante anos para ganhar essa quantia.

O governo não pode distribuir dinheiro público. Se fosse assim, os campeões de outros esportes teriam o mesmo direito. E os atletas que não foram campeões do mundo, mas que lutaram da mesma forma? Além disso, todos os campeões foram premiados pelos títulos. Após a Copa de 1970, recebemos um bom dinheiro, de acordo com os valores de referência da época..

O que precisa ser feito pelo governo, CBF e clubes por onde atuaram esses atletas é ajudar os que passam por grandes dificuldades, além de criar e aprimorar leis de proteção aos jogadores e suas famílias, como pensões e aposentadorias.

É necessário ainda preparar os atletas em atividade para o futuro, para terem condições técnicas e emocionais de exercer outras atividades.

A vida é curta, e a dos atletas, mais ainda.

Alguns vão lembrar e criticar que recebi, junto com os campeões de 1970, um carro Fusca da prefeitura de São Paulo. Na época, o prefeito era Paulo Maluf. Se tivesse a consciência que tenho hoje, não aceitaria.

Tinha 23 anos, estava eufórico e achava que era uma grande homenagem.

Ainda bem que a justiça obrigou o prefeito a devolver aos cofres públicos, com o próprio dinheiro, o valor para a compra dos carros.

Não foi o único erro que cometi na vida. Sou apenas um cidadão que tenta ser justo e correto. É minha obrigação.

Tostão  
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“Mestre, não entendo. Se um homem transa com várias mulheres, ele é visto como um garanhão.
Se uma mulher transa com vários homens, ela é vista como uma vadia. Não é injusto?”
“Minha filha, pense nisto desta forma. Se uma chave abre várias fechaduras, ela é uma chave mestra, uma coisa boa de se ter.
Já uma fechadura que é aberta por várias chaves diferentes… bem, esta é uma péssima coisa para se ter”.
Dalai Lama
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20 fevereiro 2010

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Estou prestes à completar trinta anos e como todos ou a maioria estou desesperadamente desesperado com essa situação...dêem uma lida nesse texto de Affonsso Romano Sant'Anna que vocês saberão do que estou realmente falando. Depois que li até me conformei mais e já não acho tão desesperador fazer trinta.
fazer trinta anos(Affonsso Romano Sant'Anna).
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18 fevereiro 2010

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   Poderia eu dizer que nasci de novo e blá blá blá, porra nenhuma, eu quase morri mesmo. Fui no último domingo vítima de um atropelamento daqueles que realmente fazem a gente pensar nas coisas sobrenaturais que rodeiam o universo e mais blá blá blá...Porra ainda deliro sintomatizado pelas escoriações diversas que meu corpo sofrera. Bati a cabeça por duas vezes, no carro e na calçada, esfolei todos os membros, e a face que não era das mais belas agora choca o fantasma da ópera. Eu não nasci de novo e tambem não sei explicar porque não morri, aliás sei sim, não morri porque não era o meu dia e essas overdoses de blá blá blás.
   Chega de blá blá blá, agora vou falar sério como ocorreram as coisas: Carnaval, indignação, pinga, axé music, pinga, indignação, indignação, pinga, distração, idiota dirigindo, bêbado atravessando a rua, distração, choque frontal, arremesso, sangue, galos na cuca, sangue pelas narinas, bombeiros, Pronto Atendimento, caos e dengue...desespero, medo, casa, recuperação, wolverine, escolas de samba, rede globo...mais carnaval e eu não morri por soooooorte. Dizem, acho que pra me irritar que foi pura sorte e eu como não sou dos mais ignorantes concordo e até solto um "Graças a Deus".
   Agora imaginemos como seria se eu tivesse morrido...Se não tivesse "nascido de novo", se não tivesse tido a sorte. Primeiro eu não estaria escrevendo nada aqui, a não ser psicografadamente, o que é um serviço ainda não disponível no blogspot. Bem, imagino que se eu estivesse ido desta para melhor as coisas seriam diferentes e as pessoas inventariam outras classificações para o ocorrido e a primeira delas seria dizer que eu estava bêbado e demorou para que isso acontecesse, que mais cedo ou mais tarde esse pé de cana teria que entrar na terra do pé junto.
   __Ah, eu avisei que se ele não parasse de beber iria acabar causando uma tragédia, deu no que deu.
   O que tambem não passa de blá blá e blá...
   E os meus amigos como reagiriam a notícia de que eu teria morrido em um atropelamento estando bêbado em plena luz do dia? Creio que só notariam depois que o carro fúnebre anunciasse o referido féretro, depois viriam com indagações do tipo:
   __Tão jovem, mas estava entregue totalmente ao álcool e o capeta atenta uma pessoa dessas, sinto falta  dele.
   E depois em tudo que fossem fazer se lembrariam de mim, principalmente nas coisa que eu fazia com frequencia...mas com o tempo esqueceriam de mim, a não ser que fossem fumar um baseado no cemitério e se deparassem com meu túmulo, situação na qual começariam com a nostalgia moribunda a relembrar de coisas que fizemos juntos...bla blá blás...
   Ah, se lebrariam de mim tambem sempre que viesse o carnaval que é a data coincidente com a minha morte, talvez alguns até se decidissem a criar um bloco em minha homenagem. O que caso acontecesse seria uma desonra a minha memória e eu daria graças a qualquer coisa por estar morto e não presenciar tamanha desgraça.
   O que quero realmente explicitar sem balelas a todos é que morte e vida são a mesma coisa, estão intimamente ligadas e é tão natural e corriqueiro que morremos e nascemos todos os dias. Todos morrem e ninguem é melhor do que ninguem, em se tratando de morte somos todos iguais e com a vida não é diferente. Citando mais um blá blá blá: "Para morrer basta estar vivo". É natural que soframos com a perda de alguem e é natural que com o passar do tempo nos habituemos a vida sem esse ser porque observamos a morte e a perda de outras pessoas e não somos melhores do que essas pessoas em suas perdas.
   Blá blá blás à parte, aprendi uma lição com esse atropelamento que não esquecerei jamais, carregarei comigo para o resto resto da vida:
   Quando for beber jamais beberei do lado oposto da rua em que fica o bar e as cervejas, para não ter que atravessar a rua ao encher o copo.
   Fica a lição por que na vida nada é em vão.
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17 fevereiro 2010

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Aqui não sou rei de nada,
Tampouco amigo de alguem.
Pra esses lados da estrada,
A pasárgada não passa bem.
Foi se todo o romantismo,
E todas as mulheres minhas,
Pasárgada e seu doce lirismo
Agora não passa de ruínas.
Findou se em desventura
Sem nora nem felicidade,
Sem essa pseudoloucura,
Pasárgada é só falsidade.
Vou me embora pro inferno,
Lá sou amigo do capeta,
Tenho mulheres que quero,
Que não me negam a buceta...
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12 fevereiro 2010

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Não tenho muita experiência com o teatro,mas sempre admirei bons atores,bons diretores,boas obras.Não venho de uma família que prega essa cultura no cotidiano,minha infância não foi rodeada de ingressos para espetáculos,nem circo eu frequentava quando moleque.
Tempos atrás me aventurei a ser um ator amador e cheguei até a atuar em uma,digamos,adaptação para o teatro.Àquela época contava eu com uns dezesseis anos e nem de longe passava pela minha cabeça me tornar um grande mito da interpretação.E realmente não me tornei,nem aquela aventura foi uma atuação de sucesso.Recordo que fizemos uma apresentação apenas e cobramos um preço simbólico na bilheteria.Tinhamos tudo ali para nos considerarmos ativamente integrantes de um espetáculo.Havia uma platéia modesta,um tecnico de som e luz modesto que tambem era ator,um diretor,um palco e uma cortina além daquela energia interna denominada expectativa.Bem,subimos nós atores e atrizes no tablado e fizemos a nossa parte com os nervos à flor da pele claro.Apesar de todos os pesares correu tudo bem.Tenho que dizer ainda que recolhemos nosso precário cachê e reunimos o número a fim de comprar bebidas alcóolicas,afinal teatro e boemia é um binômio indestrutível.Foi o meu primeiro porre de montilla com coca,fui ainda trêsbado pra escola no outro dia.Teria sido a última vez que atuei mas infelizmente não a única que bebi até cair.
Recentemente,quase quinze anos após essa primeira atuação dei as caras novamente com o estrelato.Soube que um amigo estava ministrando uma pequena oficina de interpretação em seu período de férias da faculdade e que as vagas estavam abertas a qualquer um que desejasse se inscrever.Entrei em mais essa aventura sem ainda imaginar sequer me tornar um ator medíocre que fosse.Foram duas semans ativas de exercícios,ensaios,discussões até chegar o dia em que nos apresentamos a título de aprendizado na praça da cidade.
Era uma adaptação do conto A doida,de Carlos Drumond de Andrade.Ainda conservava aquele mesmo nervosismo de adolescente que me afligiu o corpo em 1997,mas hoje eu contava com mais liberdade para ser o que eu sabia sem que criassem expectativas em cima disso.Agradeço humildemente ao diretor Rogério que com muito carinho dispôs de seu tempo e paciência para ensinar-me importantes lições não só no âmbito do teatro mas principalmente da vida que não passa de uma peça mal escrita encenada por atores de quinta.Agradeço tambem aos colegas de cena nos quais destaco a atriz Sara que tirou as fotos que seguem.

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Não estou conseguindo escrever nada. O que está acontecendo comigo? Eu era um daqueles que enchia o caderno com palavras vindas de dentro do coração.Abrangia todos os assuntos de forma sincera,escrevia com a alma,feito criança quando aprende o beabá e começa a contar suas historinhas com a mais singela admiração.
Hoje não passo de um que se deita diante do monitor e não consegue transcrever nem a si mesmo um parágrafo que seja.Tenho medo de estar errado,de não estar sendo sincero,de ter que pagar preço caro por não está mais refletindo a alma.Danço diante da tela cheia de informações e não consigo recuperá-las para meu uso,são inúteis a ponto de eu não as valorizar,são mínimas ou são demasiadas informativas.
Com o advento da tecnologia,acredito que vários são os que se sentem assim,sem rumo diante de tanta informação, sem esteio sobre o que parece que já foi feito ou dito.Não tenho mais coragem de escrever aqueles versos,aquele conto,aquela história besta,aquilo que havia debaixo do meu colchão adolescente:pedaços esparsos do que um dia eu fui, cada minuto de sentimento posto em um pedaço de papel qualquer sem medo sem ânsia,sem julgar-me pequeno demais para tanto.
Parece que estou vencido realmente pela inconstância de meus dias incompreendidos e hoje solitário tento feito um náufrago chegar a um porto firme sem esperanças.Morto,mas ainda debatendo no imenso mar de alegorias vocabulares.
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09 fevereiro 2010

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A culpa é do Heavi Metal meu irmão...


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__Meu pai tem um avião.
__Mentira.
__Tem sim!!!
__Onde está então?
__Escondido...Ninguem pode ir lá.
__Escondido...Escondido...Você tá mentindo!!!
__Num tô não...Você vai ver...eu vou te mostrar.
__Então mostra, garoto mentiroso.
__Vem cá então...você vai ver...
__Nossa!!!Isso não é avião, não tem asas.
__È sim,num tem asas porque é modelo novo.
__Não tem porta nem janelas...
__Nem dá pra ver.
__E só tem essa turbina aqui atrás.Isso não é avião.
__Invejosa!!!
__Não é avião,isso é um foguete.
__Um foguete?
__Pra que o seu pai ia qerer um foguete?
__Sei lá,pra ir na lua?
__Sua mãe está vindo...vamos sair daqui.
__Tarde demais,ela já me viu.
__Osama Bin Laden Júnior...Quantas vezes já te falei pra não vir aqui na oficina do seu pai? Entra pra dentro que vou te ensinar moleque...Você é um teimoso igual ao seu pai.
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30 janeiro 2010

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CARTA
Hoje dentre minhas correspondências que não passam de contas e avisos bancários ou promoções de lojas de crediário encontrei uma carta, juro, uma carta com selo, remetente e destinatário escrito com caneta bic. Fiquei uns vinte minutos admirando a carta sem abri-la, apreciando o momento. Estava escrito de um lado do envelope: Para meu sempre amigo e irmão, e no verso o remetente: Fernando (amigo antigo). Por um segundo esqueceu minha memória a pessoa de que se tratava, mas num titubeio veio me a imagem no passado distante daquele garoto que estudava comigo, morava perto de minha casa e num dia, sem bazófia se mandou para outra cidade.
Eu teria dado a vida por aquele menino se ele assim determinasse. Era mais que um amigo, era um irmão que dividia todas as agruras e graças que nosso mundo oferecia. Se eu me convalescia e não comparecia ao colégio, antes mesmo de retirar o uniforme, ele com aquele ar de preocupação batia à porta de minha casa a fim de tomar conhecimento do que havia me impedido de ir a aula, até num dia em que tive catapora e estava numa quarentena imposta pela minha mãe ele fora o único que tivera coragem de visitar-me. Foi um sem número de aventuras, personagens, segredos, curiosidades, descobertas, tudo desbravado por nós, os insuperáveis, ou insuportáveis moleques da rua 21. Eternizávamos pactos, determinávamos quem seria ou não um amigo digno de nossa confiança. Apesar de entendermos mais de bolas feitas com saco de arroz vazio e jornais velhos falávamos também sobre meninas.
Até a chegada dessa carta eu estava sem notícias de Fernando devia ter mais ou menos uns trinta anos. Desde que concluímos o primeiro grau que não tenho notícias concretas sobre como iam as coisas. Recebia uma ou outra nota aqui e ali de parentes e pessoas que afirmavam ter estado com ele, sempre informavam sobre os filhos e emprego. Na última vez que fui informado soube que ele estava morando no estado do Tocantins e trabalhando com extração de madeira ilegal naquela região. Isso faz uns cinco anos, quem me noticiou foi um primo dele, creio que fora o Claudinei. Já sabia também que seus pais haviam morrido há mais ou menos dez anos e que suas irmãs se casaram. Mas sobre sua pessoa não sabia quase nada.
A carta depois de aberta continha duas folhas de caderno pequenas e garranchos manuscritos indecifráveis, dei uma passada rápida no conteúdo e chegando no rodapé da segunda folha observei a data e não deixei de perceber que pelo menos o ano e o mês coincidiam com a data de sua debandada para outra região: Vinte e cinco de janeiro de 1980.A letra também era daquela época, Fernando não tinha uma caligrafia exemplar, àquele tempo dizíamos brincando que ele seria médico, pois tinha a grafia de um. Fiquei mais curioso e intrigado pelo inesperado e mais agora sabendo que se trata de um documento arquivado. Qual seria o motivo daquela carta estar comigo agora, trinta anos depois de ter sido escrita por um menino?
O certo é que só saberei depois de desvendar os hieróglifos contidos na missiva. E como não está nada fácil, prometo postar o conteúdo da referida carta no próximo texto, se conseguir traduzi-lo para a língua portuguesa em tempo.
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19 dezembro 2009

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Meu chapéu e pito de palhas,
Nessa fala desalfabetizada,
Meu ser tão feito de falhas
Em minha vida de estrada...

De terra e de chão batidos,
Com vários tons marrons.
Minhas aves, sons ouvidos
No além de seus néons...

Minha casa que foi cabana,
Meu paiol era esconderijo
Do meu sonho de bacana:
Casa na cidade e prestígio.

Matuto que era sempre feliz,
Eu que não sabia, me asfaltei.
Tenho a vida que jamais quis,
Sofro, pois aquilo eu troquei.

Troquei cacimba por torneira,
Vaga-lume por inseticida,
Filtro de barro por geladeira,
Meu campo por bala perdida.

Pôr do sol por engarrafamento,
Arrebol pelo cartão de ponto,
Estrelas por esse céu cinzento,
Aqui tudo já está feito e pronto.

Arrependido nesta selva de aço,
Não me sei num monte de gente
Que corrompe pelo meu fracasso,
Em vez de pessoa sou concorrente.

Voltar? Já estou infectado de dor,
Aspirei a fumaça desses motores,
Com excesso o tempo já se passou
E meu sertão não tem mais cores.

Meu cerrado não é o de outrora,
Sobrevivo em meio ao caos frio
Da selva de concreto de agora.
Que saudade tenho daquele rio.

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14 outubro 2009

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04 outubro 2009

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CONTANDO VANTAGEM


Três representantes da terceira idade contando vantagem. O primeiro:
- Tenho 70 ano e estou plena forma.
Só o meu estômago é que anda rateando um pouco. Outro dia comi uma feijoada, acompanhada de umas e outras caipirinhas. E depois me senti meio pesado, sonolento…
Pois eu tenho 78 - disse o segundo - e também estou legal, mas acho que minhas pernas andam fraquejando. Ontem eu joguei uma pelada na praia, depois nadei uns três quilômetros. À noite, minhas pernas estavam um pouco doloridas.
Já eu, que tenho 80 anos - disse o terceiro -, não sinto esses problemas. Mas minha memória está começando a falhar. Ontem, de madrugada, eu bati na porta do quarto da empregada e ela acordou assustada e falou: “Que é isso, seu Oliveira? Quer dar mais uma ?!”
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30 setembro 2009

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   Em sua 12º edição, vários espetáculos de níveis superlativos, ao ar livre, diante de um dos postais mais conhecidos e visitados de Brasília aconteceria o Porão do Rock. Enquanto muitos estavam desassossegados com a realização do episódio em um lugar aberto ao público, questionando acerca da segurança do local, eu só me preocupava com a diversão e a forma como seria administrada mais essa aventura. Nas seis vezes anteriores em que fui tudo ocorreu conforme o imaginado e nada saiu fora da anormalidade que é sair de casa sem dinheiro, pegar carona, sobreviver dois dias (alguns eram três) sem água, banho, cama, café... Enfim eu iria a mais essa campanha.
   Tudo combinado, Unaí estaria representado por nós naqueles dias de muita música, álcool, sementes, Mary Jane e outras cocitas más. Eu levaria uma barraca dessa vez e na minha visão apressada não lidaria com o frio. Não só resfriei como dormi com os pés na água. Enquanto alguns optaram por ir mais tarde, quase no último ônibus; uns foram de carona na madrugada com parentes ou amigos; alguns outros, fanáticos por chapação no Distrito Federal foram além e partiram um dia antes de montarem os palcos unicamente para encher a cara e jogar sinuca em algum copo sujo de Taguatinga. Eu iria de carona como nos anos passados. Fui para a rodovia as seis e trinta na esperança de até meio dia estar embarcado em algo com sentido ao Planalto Central, dez horas em ponto estava eu trocando idéia com um sujeito que há muito não via, ele reconhecera meu desespero e não hesitou em salvar-me do temporal que estava prestes a cair. Como nada é de graça, nada mesmo, ao chegar a um ponto da rodovia (posto do Pedrão), o sujeito bondoso que me livrou da tempestade e da agonia da espera solicitou-me uma mãozinha para descer dois pneus gigantescos que estavam na carroceria, quase fui esmagado, mas deu tudo certo. Depois de pegar mais uma carona da rodovia ao centro de São Sebastião, estava eu em um restaurante comunitário fazendo o que seria a minha única refeição decente nesses dois dias e duas noites. Encontrei-me com dois amigos e agora estava realmente confirmado: eu estaria em mais uma edição de um dos maiores festivais de música do Brasil.
   Cheguei tirando onda, pagando uma de maluco, armando a primeira barraca do festival bem lá no meio. Logo foram chegando os malucos do entorno com suas misturas mirabolantes de gaseificado com destilado naquele gingado único, inigualável:
   ___Tu vai acampar aí mermo véi? Cuidado com o arrastão mermão. Folgado.
   Disse pro maluco que num dava nada, mas fiquei cabreiro com esse tal de arrastão. Prontamente veio a polícia sempre atuante pedir-me que deslocasse a barraca para uma área de segurança atrás de uma proteção que havia por ali dividindo a muvuca que se concentrava próximo ao palco. Essa não foi a última vez que mudamos o acampamento.
   Em poucos minutos estávamos todos reunidos, a gang do noroeste mineiro representada ali pelos seus mais pictóricos personagens. Não se faz mister relaciona-los nominalmente aqui visto que quem foi viu e quem não foi ficou aqui para assistir os violeiros que se apresentariam na praça da prefeitura naquele mesmo dia. Sem contratempos, a não ser um ou outro que desapareceu para ir curtir todos os ambientes, tirar o maior número de fotografias de seus ídolos ou só uma fotinha da Catedral mesmo com seus Ministérios ao fundo. Turista é sempre turista.
   Com toda sinceridade digo que nessa minha aventura não estava incluído nenhum pacote de tietagem, das atrações que eu ansiosamente (sem alarde) aguardava cito: Sepultura, Angra, Cachorro Grande; Já tinha ouvido algo dessas três bandas e estava curioso por saber como é estar em um show deles. Muitas outras bandas se apresentaram. Tantas que mesmo a quem quisesse seria impossível acompanhar simultaneamente os espetáculos nos dois palcos. Essas apresentações foram no sábado, ainda haveria mais um dia cheio de maravilhas por aí.
   Continuando a narrar meu diarinho de bordo tenho que ressaltar alguns acontecimentos que se sucederam nesse ínterim de sábado para domingo: a semente brotou em nosso estômago e a loucura veio à tona juntamente com náuseas, flatulência, diarréia somando á isso uma ingestão significante de destilado com guaraná e algumas latinhas de antarctica, barriga vazia, ou cheia de algum engasga gato da rodoviária ou daqueles cachorros “quentes” da praça de alimentação do povo que havia ali do lado. Ainda bem que existe Vigilância Sanitária, imagina?
   Agora já é domingo e o dia hoje promete pelo menos para quem conseguiu sobreviver ao pandemônio underground que fora a noite anterior. Eu sobrevivi, estava lá acordando às 10 horas de fronte ao teatro municipal e um museu (itinerante creio) que se sustentava por ali. Uma repórter e um fotógrafo aproximaram se de nosso acampamento iniciando assim uma série de inquirições. Tais questionamentos fariam parte de matéria de um jornal local (Tribuna de Brasília). Depois de falar com a imprensa começava a diversão em mais um dia memorável.
   Recordar é viver. Já dizia não sei quem, mas é isso aí. O domingo contaria somente com atrações de Brasília, maioria das quais eu ouvia muito quando adolescente, a expor: Paralamas do Sucesso, Plebe Rude, Raimundos... Alem de outras que conheci há pouco tempo, mas que preservo uma estima sonora pela qualidade artística, como: Detrito Federal, Kanela Seka, Cabeloduro, Rafael Cury e Móveis Coloniais. Se não cito todas as bandas é porque realmente eu não as conheço. Talvez por ignorância mesmo. Mas a grande surpresa ainda estaria por vir, nem tudo aconteceu nesse passeio musical, aconteceria ainda naquele domingo o resgate honroso de uma marca melodiosa perturbadora dos anos oitenta. Estaria ali naquele palco os burgueses revolucionários da Legião Urbana, ícone do rock nacional. Dado e Bonfas tocaram e emocionaram milhares de pessoas mais uma vez. Dessa vez Renato não estaria de corpo presente, mas estaria incorporado nos gritos de delírio da galera ao verem André Gonzales (Móveis Coloniais de Acaju) cantar Tempo Perdido numa atmosfera de nostalgia e tristeza mesclada com a mais pura saudade. Ainda tocaram mais cinco músicas com os vocalistas e fãs de Renato: Herbert Vianna (Ainda é cedo), Philippe Seabra (Geração Coca-Cola), Toni Platão (Eu sei) e os uruguaios Sebastian Teysera (Quase sem querer) e Juan Casanova (Será). Um momento único, inenarrável, imensurável e todas as outras palavras difíceis que definem o mágico e indescritível. Eu estava lá, eu vi, eu fui.
   É hora de voltar pra casa. E como todo bom aventureiro do mesmo jeito que foi volta: mais uma vez na rodovia pedindo carona, mais uma vez um temporal, mais uma vez um salvador providencial me leva pra casa... Mas como nada é de graça... Nada mesmo...
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14 setembro 2009

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Eu odeio religião




Você ouve falar em santo, satanás e muito mais,
Violência em todo canto, escolas de menos igrejas de mais,
Você vê a falsidade no interior e nas grandes capitais...
Eles pregam a igualdade, fraternidade,
Aproveitam de toda ingenuidade.
Pastor, padre, Ogum, Yemanjá.
Algumas têm o poder universal da Universal,
E cobram caro pra te salvar...
Seus adeptos são milhões,
Cada bobo com suas manias,
Cada idiota com suas religiões.
Você pode ter uma, duas, três, quatro, cinco, seis.
Mas eu não... Eu odeio religião.
Mulheres que traem os maridos,
Vão a igreja confessar,
Escolhem a melhor roupa, passam perfume,
E vão se salvar.
A semana inteira curtindo todos os prazeres carnais,
Vão à igreja domingo, confessam e saem normais.
Homens espancadores,
Disfarçam se de nobres senhores,
Também querem a salvação...
Hipocrisia, pura traição.
Jovens adolescentes vão se encontrar,
Igreja e shoping center não dá pra diferenciar.
Eu odeio. Você não devia gostar.
Religião é alienação,
Nunca irá lhe salvar.
Eu odeio religião, odeio religião, odeio religião.
Aprenda a odiar.
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08 setembro 2009

Quando conheci meu genro

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Isso aí...




   Ele me pedia algo. Quase estava arrancando a garganta dele. O coitado tentava dizer alguma coisa, mas um negócio que ele tinha na língua prendeu no aparelho de borrachinhas roxas. Pensei em arroxear-lhe os olhos, mas já estavam escuros feito os de um vigia noturno que durante o dia complementa o orçamento dando uma de frentista.

   Um molecote que nem saiu dos calções. Um viciadinho de olho vermelho, colírio na algibeira, parecido com um corvo, todo de preto, na camisa uma estampa desenhando um símbolo satânico em vermelho, mostrando os punhos carregados de braceletes prateados e pontiagudos. Isso aí está na minha casa com aquele cabelo no olho feito capacete balístico, todo cheio de metal nas cartilagens, conversando num dialeto desconhecido, com uns modos próprios e desajeitados:

   __E aê como é que tá essa seqüência aê?

   __Pô... véi... da hora, botei firmeza!

   __Toca aê!!!

   Toquei lhe um empurrão, afastando o infeliz de perto da minha menininha, toda inofensiva no seu mundinho juvenil, coitada, inexperiente, ingênua, inocente, indefesa nas garras de um psicoadolescente que dorme com os fones nos ouvidos e com uma mão dentro da calça. Um revoltado de plantão que passa horas em lanhouses comendo chips e fumando maços de tabaco, falando sobre um mundo que só existe na sua cabeça. Um meninão metido a homem sem argumentos e sem opinião.

   Ela chorava pedia para que o soltasse, dizia que era preconceituoso, tirano, déspota, comunista, ditador, retrógrado. Ela não sabe o que é o comunismo, tamanha ingenuidade.

   Uma criancinha tem treze anos e finge ter quinze, tem um diário em que ainda escreve tudo, uma boneca, uma bicicleta pequena, uma coleção de papéis de carta, um conjunto de giz de cera, uma melhor amiga, um gatinho que toca numa banda, boca cheirando a chiclete, dentes de leite, voz de criança, corpo de criança, cabeça de criança. Meu Deus ela é uma criança.

   Confesso que ultimamente ela tem andado um pouco deprimida, mas acho que é saudades da mãe que nos deixou faz tempo. Desde então tenho cuidado dela e a tenho tratado como uma princesinha cercada de todos os desejos e mimos que nenhum pai ousaria dispensar. Eu defenderia meu bebezinho de qualquer um que se aproximasse para tentar se aproveitar de um minuto de fraqueza que fosse.

   O moleque jorrava sangue, tinha rasgado a ponta da língua. Apiedei-me do infeliz e o soltei. Acalmei-me um pouco, pensei nas conseqüências de agredir uma criança, nunca faria isso intencionalmente, mesmo sendo esse frangote fantasiado de drácula. Pensei no meu anjo que estava para ter um ataque diante daquela cena, mas eu estava incontrolável e fora de mim. Tomei um pouco de água com açúcar, peguei a caixa de primeiros socorros e entreguei ao projeto de gente, lançando lhe um olhar intimidante. O moleque era tão cabeça de ovo que estava bebendo o mertiolato e enfaixando a língua quase engasgando com a gaze.

   Dei um tempo na vida naquele instante, deixei o garoto na sala e fui fumar um cigarro para acalmar-me mais um pouco. Passado o estado de emoção intensa, refletindo sobre as quantas anda este mundo, como evolui célere, como nos traga velozmente para um emaranhado de novidades que não passam de dados repaginados. Percebi que não terá jeito, sempre vai ser assim. É tudo como no passado, só muda o invólucro, o continente, o conteúdo será sempre o mesmo. Gostamos de como somos, queríamos que os outros fossem iguais a nós, e eles são, só que fingem ser diferentes, como nós fingimos.

   Autorizei o agora conhecido língua de serpente a namorar minha princesinha, não sem todas aquelas condições e ameaças de praxe que todo pai vocifera. Deram-me um netinho lindo, moram no fundo de minha casa, ele não trabalha todos os dias, mas trabalha...Cerco de mimos carinhos e afagos todos os três que agora são minha família e defenderia a todos se necessário fosse com minhas forças.
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25 novembro 2008

todo artista tem seu tempo...

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__O meu já acabou. Não tenho encontrado o meu tempo mais, aliás acho que nunca o encontrei de verdade. sempre vivi das migalhas que me deixam os celebres, os loucos, os famintos e os exacerbadamente gênios e artistas. tenho dito issso para exprimir as mais sinceras desculpas por não estar no momento postando nada de útil e desperdiçando esse espaço.
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15 outubro 2008

CRÔNICA DA SEMANA

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SEM TERRAS E SEM CULTURAS

1 Reforma agrária no Brasil já se tornou sinônimo de impotência. Não é dos dias atuais que acompanhamos não só nos meios de mídia como no nosso dia a dia as várias tentativas de rever o que é de quem e o que é de todos no campo. Foram vários movimentos considerados verdadeiras revoluções sociais, a citar: Cabanagem, Sabinada, Balaiada, Guerra dos Farrapos e um ou outro que tentou sozinho e em vão defender suas duas cabeças de gado seus poucos alqueires de terra, esses verdadeiros Guevaras tendo como única arma a força dos braços, pois nem foice, nem enxada, nem nada que fosse meio de produção eram na verdade posses suas.
2 Quantos morreram em combates massacrantes na Guerra de Canudos? Quantos? Todos, simplesmente todos que lutaram morreram. lutaram de forma heróica mas tiveram a morte dos massacrados, dos vencidos. O que ganharam todos esses que defenderam não uma bandeira mas um ideal de liberdade para plantar colher e comer para poder dormir sabendo onde vai acordar.
Esses não receberam indenizações, notas em jornais, feriados, menções de agradecimento por terem lutado por uma causa que não era da geração que viviam, e isso eles sabiam. tudo o que deram não foi por uma vitória rápida e eficaz que lhes colocassem no lugar daqueles que "derrotariam", mas para que os grandes monstros das terras, do capital e dos dispositivos bélicos e táticos da época percebessem que os povos do porvir teriam nessas lutas a inspiração necessária para enfim poder com êxito instituir de maneira séria e correta a distribuição social de terras para um desenvolvimento nacional com mais justiça.
3Enfim o que vemos não é o que esperavam os nosso incógnitos heróis. Infelizmente nosso sistema conseguiu de maneira repressora e através da política e do dinheiro manipular a inteligência de todos que estão envolvidos. A escola não nos ensina a lutar pelos nossos direitos, não se aprende na escola que a única forma de sair vitorioso de uma revolução é bebendo o sangue dos contrarevolucionários. Não seria interessante para esses detentores do intelecto que tenhamos ciência de que a propriedade rural deve cumprir seu papel social, deve produzir. Caso não cumpra seu papel social essa propriedade deve ser restituída ao seu dono em questão: Quem quer que queira produzir e ainda não tem em seu nome nenhum pedaço de terra. Tão simples, mas tão díspare dos interesses de nossos governos.
4O MST não deixa de ser um movimento revolucionário, mas nunca será um instrumento de reforma agrária pois é muito ligado á políticos e órgãos governamentais. A menos que tenha algum Maquiavel dentre eles eles sempre serão ineficazes no que diz repeito a distribuição de terras.É perdoável que em épocas como ditadura império e república tenhamos nossos heróis massacrados. Hoje com o advento da democracia não podemos ter heróis que se vendem por um mísero salário, por interesses individuais que traem os interesses do movimento. Esses não são homens de bem nem homens do povo são covardes que ignoram os que morreram no passado e os que eles mesmo deixam morrer nas mãos de jagunços. é preciso surgir novos heróis interessados em articular, planejar, atacar, destituir(se necessário matar), ocupar e produzir para todos.
5Para isso é preciso um novo movimento de reforma agrária urgente ou que os soldados do MST bebam menos estudem mais e vejam que estão sendo laranja nas mãos de seus inimigos.
Auro Sergio
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